quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ser Mãe

Quem é mãe e acompanha o meu blog vai entender o que vou escrever agora. E, por favor, comentem, para que eu não me sinta a pior das criaturas...

Desde que me tornei mãe - há quatro anos - sou uma pessoa muito mais feliz. Sempre sonhei com a maternidade. Algumas amigas brincam comigo dizendo que desde os 10 anos eu já falava no assunto. É, acho que sim. Mas a verdade é que quando nasce uma mãe, a vida muda. E muda muito. Para o bem, claro, e também para o mal. Digo para o mal, porque não somos mais donas do nosso tempo, não temos mais aquela liberdade de antigamente. Mal conseguimos ir ao banheiro. Tudo por uma causa justa, justíssima. Mas atire a primeira pedra a mãe que não fica sonhando com esse tempo que não volta atrás...

É bem verdade que hoje eu não saberia mais viver sem meus filhos. Alice e Bernardo são tudo na minha vida. Até me pergunto como vivi 30 anos sem ter Alice e mais dois sem ter o Bê. Mas que sinto saudades daquele tempo, isso eu sinto sim. Saudades de não ter hora pra acordar, de ir à praia e só voltar quando não tem mais sol (e almoçar à noite, com a galera), de sair à noite sem a preocupação de "será que estão dormindo bem?", de sair por aí sem compromisso com nada.

A maternidade me trouxe um pouco de medo da vida. A responsabilidade de ter a vida de duas pessoas para cuidar, administrar, isso às vezes me apavora. Eles dependem de mim e do Paulo, serão aquilo que passarmos pra eles. E pais erram, ainda que a intenção (sempre) seja acertar. Queremos filhos felizes, independentes. Me cobro muito: tenho que ser uma boa mãe. Mas em muitos momentos me falta paciência (ela, a paciência, que nunca foi a minha maior companheira). 

É então que preciso parar, respirar, dar sim uma volta na rua pra me sentir um pouco eu de novo. Não posso ser apenas a mãe da Alice e do Bernardo. E sinto que a falta de paciência vem um pouco disso. De ter me deixado de lado. Não, eu não me arrependo de nada. Faria tudo novamente. Tá certo que com pequenos ajustes, medindo um pouco as palavras, o tom. 

É nesse momento em que me encontro: me procurando por aí, querendo um pouco daquela Fernanda que ficou para trás. Acho que ela pode ajudar a Fernanda de hoje. E meus filhos merecem uma mãe menos estressada.

Não sei se o que escrevi faz algum sentido, mas há dias que penso em desabafar isso aqui no blog. Esse blog é da Alice e do Bê, mas a minha visão de mãe faz parte da vida deles, da história deles. 

Resumindo: ser mãe é um sonho pra mim. Tenho o maior orgulho disso. Mas confesso que em muitos momentos parece um pequeno pesadelo. Mas aí acordo. Vejo o sorriso lindo dos meus filhos, sinto o amor deles por mim e tudo passa. O medo vai embora e confio que tudo sempre dará certo. Porque Deus abençoa as mães e ainda mais as criancinhas.

6 comentários:

  1. Talvez o meu comentário não te "conforte" pois ainda não sou mãe. Mas sei que a situação é esta. Amo crianças, sempre amei. Todos me cobram um bebê. Namoro há mais de 5 anos. Mas por mais que a alegria da minha vida seja meus primos, sei que com os meus a minha vida vai mudar. Muitas alegrias? Sim! Mas filho é pra sempre. E em período integral. Hoje eu faço o que quero, quando quero, na hora que quero. Eu e meu namorado curtimos cada momento. E eu aproveito cada segundo dos meus primos. Participo de cada momento. Enquanto isso vou adiando o meu projeto de ser mãe, que por mais gratificante que seja, vai mudar toda a minha vida. É muita responsabilidade. E por mais que as mães tenham companhias, elas estarão no fundo, sozinhas. A minha hora vai chegar! E por mais que seja uma batalha eterna e difícil, o amor e os sorrisos compensam cada gota de suor! Porque o trabalho é das mãe, mas a cumplicidade e o maior amor, também. E isso não há nada que supere! Você tem o direito de sentir tudo isso. Mas só voê tem o prazer de ter os dois!

    Um beijo,

    Gabi

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  2. Gabi, muito obrigada pelas suas palavras. Ser mãe é isso tudo e muito mais. Que só mesmo as mães podem entender. É um amor que não cabe no peito. Um dia, certamente, você sentirá isso. Enquanto isso, aproveite muito a sua vida de solteira, sem filhos. Eu curti muito também, foi maravilhoso. Tive meus filhos na hora certa e com o Pai que escolhi. O que é muito importante também: não só um marido bom, mas um pai amoroso também. As vezes fraquejamos, porque somos mães mas somos humanas. Sinto medo, sim, angustia. Não quero que nada dê errado. Mas eu não tenho o controle da situação. Vou aprender a lidar melhor com esses sentimentos. Foi bom ler o seu comentário. Um beijo carinhoso.

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  3. Amiga,
    Sei bem o que vc sente e concordo com vc... acho q todas as maes devem passar por isso em algum momento, se procurarem, procurar quem sou eu, o que quero da vida e como vou conseguir... se trabalhamos nos sentimos culpadas, se ficamos em casa nos sentimos sufocada pq estamos acostumada a trabalhar... a vida de mãe é maravilhosa, mas não é fácil...
    bjs,
    Ju

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  4. Nanda, que lindo!! Tô adorando o blog!!
    Tenho um post sobre o 'sentimento de ser mãe' também. O seu é muito mais completo, mas se tiver tempo aqui vai o link: http://familiacrocante.blogspot.com/2010/04/1-ano-ja-passou-passou-depressa-voou.html
    Vou seguir o seu blog. Beijocas!!

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  5. Oi Fê!

    Que saudadeeeeee!! Então, não digo a vc que estou sempre lendo seu blog? Ele de uns meses para cá ganhou até um espaço na minha barra de favoritos para eu não ficar muito tempo sem entrar e depois ler 20 posts de uma só vez! rsrs...

    Mas é verdade, tô sempre aqui, acompanhando o crescimento das crianças (e o seu!), vibrando, aprendendo e me preparando para o dia do meu nascimento como mãe!

    Acho que vc já sabe disso, eu sou como vc, desde uns 10 anos que digo que quando crescer quero ser "Mãe"! E quero aproveitar esse post para te dizer que quero ser uma mãe como vc, apaixonada, carinhosa, dedicada e humana, claro! Apesar de não ter experiências para dividir quero que saiba que te acho uma super mãe e que tenho paixão pelo modo com que cria e educa seus filhos.

    Respira fundo e vai em frente pq vc está no caminho certo, garota!

    Mil beijos,

    Erika, Fio, Fio Solto... you name it! =)

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  6. Fiozinho, vc existe ainda? Meu Deus, pelo menos vc lê o blog das crianças. Saudades de vc, garota. Manda um email contando a vida por aí.

    Muito obrigada mesmo pelas suas palavras carinhosas. É bom saber que causamos essa admiração em alguém, porque às vezes penso se estou mesmo no caminho certo na educação das crianças. Olha, não é uma tarefa fácil.

    O importante é ter amor em tudo o que fazemos, mesmo que estejamos brigando. Porque no fim, a intenção é a melhor.

    Agora, por exemplo, Alice está aqui ao meu lado, em um castiguinho básico porque não me obedeceu.

    Beijos em vc, querida. Saudades.

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